Sedã chega em agosto com novo motor 1.8 Ecotec e vai enfrentar os líderes Corolla e Civic
O Brasil conhecerá em breve a nova aposta da GM para desafiar a hegemonia de Toyota Corolla e Honda Civic entre os sedãs médios. Para enfrentar a dupla japonesa, nada melhor que um produto gestado na Ásia. O nome da aposta? Chevrolet Cruze, projeto global desenvolvido na Coreia do Sul. Ele começa a ser produzido no Brasil nos próximos meses e chega às lojas entre agosto e setembro. Mas nós demos um pulo para conhecer melhor o sedã na Argentina, onde já é vendido como importado (vem da Coreia).
A missão do Cruze será ocupar o lugar do Vectra no portfólio da GM – embora esse talvez sobreviva em versão básica, voltada para o mercado de frotistas. Além de um projeto inteiramente novo em termos de plataforma e carroceria, o consumidor brasileiro será brindado com (enfim!) um moderno motor Ecotec 1.8 16V. Ninguém ficará com saudade do "cansado" 2.0 8V do Vectra, com seus 140 cv. A potência do novo motor é de 141 cv a 6.300 rpm, na versão a gasolina. Mas no Brasil ele será flex, o que deve elevar esse número para 148 cv com etanol.
O torque de 17,9 kgfm só atinge o pico a 3.800 rpm. Portanto, é difícil se empolgar com o desempenho logo de cara. Em baixas rotações, não espere grandes arrancadas ou a agilidade do antigo motor do Vectra, com torque superior e em rotação menor. Está tão comportado quanto os concorrentes japoneses. Mas também para o torque se espera uma evolução no Brasil, quando passar a queimar etanol. As grandes vantagens são o silêncio e o baixo nível de vibração. O câmbio manual de cinco velocidades da versão avaliada tem engates precisos e casa perfeitamente com o motor. Reduzir para ultrapassagens não é problema. A novidade é um moderno câmbio automático de seis marchas, disponível na Argentina e que deverá ser utilizado também no Cruze nacional.
A direção hidráulica tem respostas rápidas, com sensibilidade na medida certa para trocas de faixa em rodovias ou manobras em vagas apertadas. É guiando o Cruze que se tem a certeza de estar a bordo de um coreano: confortável e sóbrio, sem uma grande usina sob o capô e com bons requisitos de segurança. Traz freios ABS de série e até controle de tração na versão topo de linha. Olhando para ele, é ainda mais fácil notar o DNA oriental. A frente é intimidadora, sem perder um quê de Chevrolet, graças à grade com barra central típica da marca. Embora menor, ele lembra a atual geração do Honda Accord.
Com 4,597 m de comprimento e 1,788 m de largura, o Cruze tem mais porte de Civic do que de Corolla. Sua linha de cintura pronunciada traz um aspecto de força, mas é apenas 1 cm mais longo e 6 cm mais largo que o Vectra. Na traseira, as lanternas invadem a tampa do porta-malas. A versão topo de linha LTZ chama atenção pelas rodas de cinco raios com aro 17, calçadas em pneus 215/50 da coreana Kumho. Já a versão de entrada (LT) usa rodas aro 16.
As melhores surpresas do Cruze estão no interior. O painel moderno difere de tudo que a Chevrolet oferece no Brasil. A estrutura central parece um Y. O rádio tem todos os controles na porção superior, facilitando a ergonomia. Traz entrada auxiliar, mas deve a USB, cada vez mais comum no Brasil. O ar-condicionado, por sua vez, é controlado na parte inferior. As informações de ambos aparecem no mesmo visor digital, na parte mais alta do painel.
A cor prata aparece em algumas peças, mas sem exageros. Combina com o volante, que oferece comandos do som e do controlador de velocidade. O plástico utilizado tem qualidade parecida com o do Civic, ou seja, muito superior ao do Vectra. Entre os itens de segurança, o Cruze oferece seis airbags.
À noite, a iluminação azulada é um show à parte. Os bancos com revestimento de couro têm boa acomodação e abraçam bem quem viaja na frente. A quantidade de porta-trecos também agrada, em especial um compartimento que pode ser fechado sobre o painel para guardar carteira e celular sem chamar atenção. Mas prepare-se para ouvir reclamações caso leve uma passageira: não há luz para o espelho no quebra-sol.
Quem viaja atrás encontra bom espaço para as pernas, mas os mais altos saem prejudicados com o teto curvado. Segundo a Chevrolet, o porta-malas tem capacidade de 450 litros, equilibrado com os 470 l do Corolla e muito superior aos 340 l do Civic. Mas inferior aos 526 l do Vectra (mediremos direitinho quando ele chegar ao Brasil).
A produção em larga escala começa no fim do primeiro semestre em São Caetano do Sul (SP). No fim do ano será a vez do Cruze hatch. Se a GM ainda prolonga a vida de modelos defasados como Corsa e Classic, o Cruze chega para ser referência do que a montadora é capaz em outros mercados. Isso, somado aos 600 pontos de venda e assistência técnica da marca no país, eleva as chances de o Cruze atingir bons números frente aos concorrentes asiáticos. Coisa que o Vectra só conseguiu nos primeiros meses após seu lançamento, em outubro de 2005.
A missão do Cruze será ocupar o lugar do Vectra no portfólio da GM – embora esse talvez sobreviva em versão básica, voltada para o mercado de frotistas. Além de um projeto inteiramente novo em termos de plataforma e carroceria, o consumidor brasileiro será brindado com (enfim!) um moderno motor Ecotec 1.8 16V. Ninguém ficará com saudade do "cansado" 2.0 8V do Vectra, com seus 140 cv. A potência do novo motor é de 141 cv a 6.300 rpm, na versão a gasolina. Mas no Brasil ele será flex, o que deve elevar esse número para 148 cv com etanol.
A direção hidráulica tem respostas rápidas, com sensibilidade na medida certa para trocas de faixa em rodovias ou manobras em vagas apertadas. É guiando o Cruze que se tem a certeza de estar a bordo de um coreano: confortável e sóbrio, sem uma grande usina sob o capô e com bons requisitos de segurança. Traz freios ABS de série e até controle de tração na versão topo de linha. Olhando para ele, é ainda mais fácil notar o DNA oriental. A frente é intimidadora, sem perder um quê de Chevrolet, graças à grade com barra central típica da marca. Embora menor, ele lembra a atual geração do Honda Accord.
As melhores surpresas do Cruze estão no interior. O painel moderno difere de tudo que a Chevrolet oferece no Brasil. A estrutura central parece um Y. O rádio tem todos os controles na porção superior, facilitando a ergonomia. Traz entrada auxiliar, mas deve a USB, cada vez mais comum no Brasil. O ar-condicionado, por sua vez, é controlado na parte inferior. As informações de ambos aparecem no mesmo visor digital, na parte mais alta do painel.
À noite, a iluminação azulada é um show à parte. Os bancos com revestimento de couro têm boa acomodação e abraçam bem quem viaja na frente. A quantidade de porta-trecos também agrada, em especial um compartimento que pode ser fechado sobre o painel para guardar carteira e celular sem chamar atenção. Mas prepare-se para ouvir reclamações caso leve uma passageira: não há luz para o espelho no quebra-sol.
Quem viaja atrás encontra bom espaço para as pernas, mas os mais altos saem prejudicados com o teto curvado. Segundo a Chevrolet, o porta-malas tem capacidade de 450 litros, equilibrado com os 470 l do Corolla e muito superior aos 340 l do Civic. Mas inferior aos 526 l do Vectra (mediremos direitinho quando ele chegar ao Brasil).
A produção em larga escala começa no fim do primeiro semestre em São Caetano do Sul (SP). No fim do ano será a vez do Cruze hatch. Se a GM ainda prolonga a vida de modelos defasados como Corsa e Classic, o Cruze chega para ser referência do que a montadora é capaz em outros mercados. Isso, somado aos 600 pontos de venda e assistência técnica da marca no país, eleva as chances de o Cruze atingir bons números frente aos concorrentes asiáticos. Coisa que o Vectra só conseguiu nos primeiros meses após seu lançamento, em outubro de 2005.
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